quinta-feira, 3 de maio de 2007

CONFUSÃO POÉTICA

O João Bosco, antes de uma de suas músicas, num dos cds que tenho, fala um lindo verso que muito me impressionou:

"Todo gás é uma saudade de pedra"

Uma espécie de poesia geológica, bem ao estilo do João Cabral... Pensei, vou digitar no google o verso inteiro, entre aspas, e ver de que poesia e autor é isso. Fiz, e nada veio... Tentei só com o final: saudade de pedra. E aí veio... Era Fernando Pessoa, só que não era gás, era cais... aquelas saudades marítmas do Álvaro de Campos.

Fiquei achando lindas as duas formas, e lembrei que aconteceu comigo o mesmo que com o Vinícius.

"na insígnia da grande bandeira mineira
LIBERTA QUAE SERA TAMEN
na verdade dizia,
à minha pátria íntima e passageira,
"liberdade. ainda que tardia".
mas foi outra coisa que ouví sem algemas.
sem ninguém, no latim de meu grande Poeta
que eu com orgulho acatei:
"libertas e serás também"."

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